terça-feira, 3 de novembro de 2009

Planos

Não adianta fazê-los.
98% das vezes que os fazemos não se concretizam da maneira como gostaríamos e muitas vezes saem mesmo furados.
Adianta fazer uns lamirés (sim, lamirés!) de planos. "O que é que este gajo quer dizer com isto?!" Perguntam (e bem) vocês.
Mas aqui o vosso amigão Nordeste até vos vai tentar responder a essa pergunta, com exemplos justificativos e tudo!
Imagine-se, por exemplo, o Jeremias de Santiago do Cacém, que é recém-licenciado em Relações Internacionais e a coisa que ele mais gosta de fazer é (por razões óbvias) o curso que tirou, por isso começa a candidatar-se para trabalhos em empresas, para departamentos de Relações Internacionais. Mas azar dos azares foi o Jeremias ter acabado o curso em 2008/09, quando a crise mundial ainda se sente e a oferta de emprego é escassa. Após candidatar-se durante alguns meses para o seu "trabalho de sonho", o nosso querido Jeremias (de Santiago do Cacém) começa a voltar-se para outras andanças, pois o importante é estar empregado. Imagine-se que o Jeremias (que vive lá para os lados de Sines, mais concretamente em Santiago do Cacém), a muito custo consegue um bom trabalho numa boa seguradora (pode ser a "Ok Teleseguro fala a Marta!" e tudo)e por lá vai ficando, inicialmente com o pensamento de que um dia irá mudar para o que realmente quer, mas à medida que o tempo vai passando a jóia de pessoa que é o Jeremy (proveniente da terra onde se situa uma boate chamada Alexander's) vai ficando confortável no seu trabalho o qual, diga-se de passagem, exerce na perfeição. Aos 35 anos já tem um cargo importante na Ok Teleseguro, talvez menos importante do que o da Marta, mas suficiente para o deixar concretizado.
Ora este é um de N exemplos de um plano que sai do avesso, devido à enorme quantidade de condicionantes que envolvem todos os planos que uma pessoa faz.
Neste caso concreto, o Jeremias andou 4 anos num curso, para fazer algo completamente diferente em toda a sua vida. Isto é algo bastante comum.
Este é apenas um exemplo de um plano que saiu "furado", que pode ser aplicado a (quase) todos os planos que fazemos.
Quem é que não saiu à noite, com uma xavala em vista e acabou no carro com outra completamente diferente de forma inesperada? Quem é que não fez uma viagem a esperar ir a 20 locais diferentes e acabou por ir apenas a 10, porque gostou demasiado de uns e optou por ficar mais tempo?

Os planos são uma coisa muito bonita na nossa cabeça, mas a verdade é que (quase) nunca correm como realmente estamos à espera. Com isto não digo que corram pior ou melhor, mas tal e qual como esperamos (quase) nunca correm.
É por isso que mais vale idealizar um semi-plano ou uns lamirés de um plano.
Um semi-plano consiste em algo menos linear e com mais possíveis saídas ao plano inicial. Este semi-plano tem de se dividir em vários sub-planos (b,c,d,e,...) que se adaptam às circunstâncias envolventes que não deixariam um plano normal correr como previsto, o que faz com que uma pessoa fique mais adaptável às mais variadas situações.

Aqui para o Nordeste, acabaram-se os planos.

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