quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Ano novo, vida...nova?





Não me tenho em conta como uma pessoa supersticiosa, aliás passo sempre propositadamente debaixo de um escadote na rua e não fico lixado quando vejo um gato preto (a não ser a familia de gatos pretos que decidiu fazer da minha rua e de vez em quando do motor do meu carro, o seu lar), mas admito que dou alguma importância à forma como passo o ano.
Não falo das passas nem de saltar de uma cadeira com o pé direito. Falo sim da forma como passo esse(s) dia(s) em geral.
Dizem que a maneira como se encara o novo ano está espelhada na forma como se passa o seu primeiro dia e eu, como bom fantasista que sou, além de acreditar piamente, tenho alguns argumentos para o comprovar, mas estes terão de ficar nos segredos dos Deuses do Nordeste.
Resumidamente acredito que, por exemplo, se me “safar” oito vezes na passagem de ano, terei um ano repleto de variedade de sexo oposto ou se apanhar uma bezana de caixão à cova, será o ano em que o alcool tomará mais conta dos acontecimentos.
O mesmo acontecerá de forma negativa, daí a pressão a que (interiormente) estou sujeito todos os anos. O simples facto de acreditar nesta “máxima” obriga-me a tentar ter de tudo um pouco, em alguns casos sem abusar, pois se não me safar uma vez, vai ser um ano complicado em termos de miúdas e se não beber muito (ou se beber demais) teremos um problema e por aí adiante.
Em forma de conclusão ficam aqui os meus desejos para 2010 (e consequentemente para a passagem de ano):
- Gajas. Muitas gajas. De todas as raças. De todos os países. De nomes diferentes.
- Mudanças desportivas. As mais radicais mudanças. Tanto pessoais, como gerais. Sporting e Nordeste sempre em forma no ano de 2010.
- O ano de definições profissionais ao mais alto nível.
- Mudança. Something new. Das duas uma, ou muitas coisas pequenas novas, ou uma enorme.
- Não ter meta. A meta, se por acaso existe, irá estar no infinito. Não vou estabelecer metas para o ano que se segue.
- Rir-me todos os dias do ano, tal e qual como tem acontecido nos anos que passaram.

(Não sei se é triste ou se é muito bom contentar-me apenas com 6 desejos para 2010, mas sinceramente, não me ocorre mais nenhum.)

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

TrêsPorCento e a música portuguesa

Dás a mão e não sentes:



Macaco:



Estes dois videos não têm a melhor qualidade, por isso aqui fica o link do myspace da banda: http://www.myspace.com/tresporcento para se ouvir as músicas como elas realmente são.

Há uns meses atrás lembro-me perfeitamente de dizer, numa certa discussão musical: "não sou grande fã de música cantada em português", mas depois de voltar a ouvir este cd que comprei neste mesmo concerto, comecei a duvidar dessa minha posição.
Os TrêsPorCento fizeram despontar um certo interesse que se manteve escondido nas entranhas do meu cérebro e é por isso que os sugiro. Sugiro-os por saber que poderá haver mais gente a pensar de forma errada (como eu) e que poderá passar a dar mais oportunidades à música cantada em português, que em certas ocasiões vale mesmo muito a pena.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O Natal da Senhora Dona Vitória Segredos



Finalmente um cheirinho a Natal.

Uma carreira acima do que é suposto.



Depois de ontem ler certa notícia em todos os jornais desportivos decidi dedicar um post a este (horrível) senhor: Abel Xavier.

Há muitos jogadores que "passam ao lado de uma grande carreira", mas este (medonho) senhor não só não passou ao lado, como teve uma carreira acima das suas qualidades futebolísticas, tudo por mérito próprio, pois sempre se representou a si mesmo.
A carreira deste (tenebroso) senhor começou no Estrela da Amadora, de onde deu o "salto" para o benfica, em 1994. Após duas temporadas e um titulo de campeão nacional, Abel mudou-se para o Bari. Depois de uma temporada no clube italiano foi a vez do Everton bater à sua porta (ou vice-versa) onde assinou um contrato válido por 3 temporadas, que acabou por cumprir. Do Everton mudou-se para o seu rival Liverpool, onde permaneceu dois anos. Nos três anos seguintes, três clubes diferentes. Galatasaray (02/03), Hannover (03/04) e Roma (04/05) foram os clubes escolhidos por Xavier (sim, ele é que parece escolhê-los e não o contrário).
Na época de 2005/06 mudou-se para Middlesbrough, onde uns meses mais tarde acusou positivo num teste anti-doping, que o deixou de fora dos relvados durante 12 meses, para depois se juntar novamente ao trabalho na equipa do Middlesbrough.
Em Maio de 2007 o caríssimo (e horrendo) Abel muda-se para os Estados Unidos da América, para o clube do momento, que tinha acabado de contratar David Beckham, o LA Galaxy.
Depois de falhar um penalty decisivo (2008) e de ter tido várias discussões com o treinador, o nosso (monstruoso) amigo decidiu sair da equipa.
Pela Selecção Nacional fica marcada a sua actuação no Euro2000, ao fazer penalty no final do período de Golo de Ouro, que impediu Portugal de ir à final. Devido a confusões com o fiscal de linha, ficou suspenso por 6 meses.
Em 2009 Abel (desprovido de beleza) Xavier decide terminar a carreira e converte-se ao Islamismo. Parece que o clube que mais o marcou foi o Galatasaray, onde só militou uma única temporada.
Eis uma brilhante carreira feita por mérito próprio de um jogador/empresário de sucesso.
E agora Abel? Ficas por aqui?

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

The Antlers

Deixo-vos o que é, a meu ver, um dos álbuns do ano.
A sua história fala por si.





"Initially, The Antlers was a solo project created by vocalist and guitarist Peter Silberman immediately after he had moved to Brooklyn, New York, where he had isolated himself from family and friends.[1] Silberman wrote the first two albums, "Uprooted" and "In the Attic of the Universe" by himself and under his own name. Afterwards, he recruited Lerner and Cicci, becoming a collaborative group. The band recorded two EPs; "Cold War" and "New York Hospitals". Silberman's collection of songs (which was mentioned as an "elegy for his planned disappearance")[2] would later become a full-length album titled "Hospice" and would feature an epic storyline, telling the story of a man losing a loved one to cancer and having to witness her death first-hand. The album was independently released by the band in March of 2009, selling an apparently overwhelming number of copies, later selling all of their stock and had to produce more. The band later commented that they had "bit off more than they could chew"[1]. The album received critical praise for both its narrative and musicianship and has since been listed on several "Album of the Year" lists. The band later signed with New York-based French Kiss Records. The label released a remastered "Hospice" on August 18, 2009".

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Um senhor de cor chega a uma loja a diz para o empregado:

S.de C. -"Queria aquela camisola por favor."

Empregado - "Concerteza! Quer verde ou preto?"

S.de C. - "Pode ser."

Traffic

Fico indignado com o facto de 99% da população portuguesa baixar a velocidade na estrada de forma drástica, mal consegue avistar (bem lá ao fundo) uma gota de água.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Rocket Man



Andei a cantarolar esta música toda a semana. O porquê não será revelado, por razões de ética pessoal.
Bem sei que o senhor é boiola, mas fodasse isto é o que se chama um clássico do caralho!

Um novo espaço.

Depois de reflectir bastante sobre a eventualidade de criar um novo separador e consequente espaço para este "Diário do Nordeste", resolvi seguir em frente com um mural de indignações, pois quase todos os dias me revolto com pequenas coisas do quotidiano.
Este será o espaço em que o Nordeste se irá pronunciar sobre as coisas que o deixam indignado.

Fica aqui a primeira:

Fico totalmente indignado quando leio uma mensagem (ou qualquer tipo de outra escrita) de uma pessoa com a idade compreendida entre os 10 e os 15 anos, mais coisa menos coisa.
Não caro leitor, não sou um pedófilo nem faço brincadeiras menos próprias com as crianças. O que me indigna profundamente é a linguagem que as gerações a baixo das nossas usam.
Ao pé de expressões como "fófi" o tão protestado "LOL" é um Deus Grego(para quem não sabe "Fófi" é a expressão que os miúdos hoje usam para designar algo que é "fofinho").
"Fófi" é só um exemplo da forma de escrever destas novas gerações que parecem usar a letra "x" e fazem abreviaturas absolutamente patéticas. Já estou a imaginar daqui a 20 anos estes mesmos indivíduos, já a trabalhar e a trocar emails importantes cheios de x's, erros ortográficos e expressões medonhas.
Desafio todos vós a começar a educar desde já os vossos sobrinhos/primos/filhos/conhecidos que utilizem este tipo de linguagem, para que a lingua portuguesa (uma coisa tão bonitinha que para aí anda) não entre numa expiral de merdum daqueles bem puros!

Bom isto hoje são umas atrás das outras.






Só castiçadas. E ainda há isto:

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

"Há males que vêm por bem".

Usa-se demasiado esta expressão nos dias que correm. Está sobrevalorizada, diga-se.
Então vejamos: eu recebo a notícia de que chumbei no exame nacional de português. Para me consolarem, dizem-me: "Há males que vêm por bem."
Mas então e quando o contrário acontece não merece o mesmo protagonismo?!
Imagine-se que marco um golo que põe a minha equipa na frente, mas ao rematar a bola (para fazer um golo de belo efeito) lesiono-me. Neste caso ninguém me vem dizer "Há bens que vêm por mal" pois não? E porque não, se foi exactamente isso que se passou?
Porque na língua portuguesa, há expressões que metem cunhas.
"Há males que vêm por bem" é prima direita do "Quem te avisa teu amigo é", que por sua vez é bastante chegado à "A galinha da vizinha é muito melhor que a minha" que conhece de ginjeira a dona língua portuguesa, que eu bem sei.
Quem se lixa são expressões como "há bens que vêm por mal" coitadinhas, que não têm o protagonismo que merecem.
Fear no more "Há bens que vêm por mal"!! Neste espaço não há lugar para injustiças gramaticais!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

De menos.

Em forma de desabafo digo que me irrita bastante não só o facto de ver Carlos Carvalhal em todas as conferências de imprensa e flash interviews como treinador do Sporting, mas também (e principalmente) o seu sorriso constante, como quem perdeu recentemente a virgindade.

A medíocridade não é bem vinda num clube como o Sporting Clube de Portugal.

sábado, 5 de dezembro de 2009

De forma insana



Nas últimas semanas ando a devorar este álbum como um miúdo de 10 anos da Somália o faz com o seu primeiro bolo de anos.


These Four Walls não é só um álbum de música, é uma obra prima. Todas as músicas têm a sua genialidade própria, como o refrão em êxtase de Quiet Little Voices, o exímio final de Moving Clocks Run Slow, a continuidade dada a Keeping Warm durante 8 minutos, a letra de Conductor e o acalmar de Roll up your Sleeves ao minuto 2.45. Tudo aliado a uma pronúncia escocesa bastante original.

Posto isto, não acredito que seja possível não se ficar viciado neste álbum.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Something Old-Fashion



Ainda hoje fiz uma coisa que muita gente despreza nos dias que correm:
Um cd.
Há muitas pessoas que aderem às novas tecnologias de forma absoluta e, neste caso, compram um Ipod acompanhado de todos os acessórios possíveis imaginários, como é o caso do Itrip. O Itrip (para quem não sabe) é um aparelho que permite conectar o nosso Ipod ao rádio (por exemplo) do carro e fazer com que uma frequência toque o que o Ipod estiver a tocar.
Ora eu não sou um fã de Itrip por uma razão muito simples: Sou muito mais fã de cd's. Chamem-me exagerado, mas posso até dizer que os cd's estão para mim, como os discos de vinil estão para muitos coleccionadores.
Mas porque é que eu gosto assim tanto de cd's?
Há várias respostas a esta pergunta.
Um cd é material, enquanto uma lista dentro do Ipod não é. Eu posso tocar num cd e escrever o que quiser com uma caneta de acetato e essa já é uma razão. É um bem material.
Um cd pode muito bem marcar alturas das nossas vidas. Quem de nós nunca escreveu num cd "Verão 2005" e ao ouvi-lo uns anos mais tarde não teve grandes recordações?
Um cd é coleccionável e eu vou querer recordar esses cd's de "Verão 05" e "Verão 06".
Um cd, hoje em dia, faz-se em 3 minutos.
Por fim, a mais importante de todas, é aquela enorme alegria de quando chego ao carro com um cd novo, acabado de fazer, com as últimas músicas que mais tenho ouvido.
Chamem-me old-fashion, mas acho que enquanto for possível, ou seja, enquanto os rádios não forem cambiados por outro sistema qualquer de uma nova tecnologia mais fácil de utilizar, não abandonarei os Compact Discs.